janeiro 30, 2009

mas vai.

basta um dedo incoveniente para estourar sua bolha de felicidade.

bem, mariana, vamos aos fatos.
basta você aprender o gosto de ler e brincar com as palavras, para anseiar viver de escrever. tanto como, só uma vez em cima de um palco, interpretando qualquer coisa que faça seu público aplaudir e rir e chorar, para querer ser atriz. só apreciar, sinceramente, de um tipo de música, para querer uma banda. basta ver um pouco mais de filmes que a população normal, ler um pouco sobre o assunto, para querer ser cineasta. alguns traços no papel branco que alguém elogia, e você quer ser desenhista. uma câmera na mão e a ilusão da boa fotografia, pronto, você virou uma fotógrafa.

ponto pra você. se desdobra duzentas em uma, e continua com os bolsos vazios.

(a opção mais favorável é casar com homem rico. ponto pra mim.)

janeiro 28, 2009

ás vezes, não sei,

eu acho que eu sou feliz.

janeiro 20, 2009

é verão.

de ida à praia por três (e somente três) dias:

essa coça-que-coça. pele avermelhada. saudade da brisa salgada.
tudo que fica realmente é a coceira. vão se foder, protetores solares-e-hidratantes.

janeiro 11, 2009

você sabe o que é se sentir pouco?

pois é, eu me sinto quase o tempo todo assim.

janeiro 05, 2009

paranoid park

Gus Van Sant não faz filme por história. faz por imagens. eu sempre tive essa impressão. eu sou mais roteiro que fotografia, mas certo, a coisa fica boa. algumas imagens são realmente admiráveis. o fogo que cobre a cara do menino na penúltima cena, ou a mudança de cena para passar de presente a passado, por uma louca transição. a música clássica enquanto a namorada fala e fala, discursos que seriam clichês, de término de namoro. a câmera enquanto ele sobe a escada rolante. a câmera que não filme personagem que fala em um diálago (isso me irrita nas novelas, ah, como irrita). e as filmadas em Super 8, claro. algumas outras são cansativas. nem tudo pode ser perfeito.

Há ainda uma coisa:
eu não sei quanto a um adulto que assiste o filme, mas um adolescente consegue compreendê-lo quase completamente. sabe, aquela tensão. aquilo poderia acontecer com qualquer um. não foi bem... proposital. foi bem... possível, e isso é terrível.
existem pequenos entraves não-tratados no filme. mas citados. transar por qualquer motivos. a não importância a tudo que nos cerca. esse pequeno mundo que a gente se limita. e que é suficiente para nos deixar loucos.

Terceira coisa:
a trilha sonora é tesão. thank's, god, ops, gus.