setembro 20, 2008

mentira.

o céu chora.
e eu acompanho.

setembro 06, 2008

o céu está claro,

azul-bebê. e o sol brilha, sem se preocupar.

quando eu olhava pela janela de um ônibus que eu nunca pego, pensando na merda da civilização e me indagando por que é que as pessoas continuam andando, esperando em pontos, comprando, andando, comprando, andando, trabalhando, andando, comprando, por que é que elas não - simplesmente - destroem tudo isso? por que é que elas não - simplesmente - acabam com tudo que as faz levar nos rostos tanta desolação? porque, deve ser, penso eu, as alegrias que conseguem, mesmo que falsas e temporárias, devem ser suficientes.
então quando eu estava correndo para pegar o outro ônibus, e um menino me avisou que minha carteira caiu, e quando voltei para pegar, outros dois caras pediram para o ônibus me esperar, e o motorista - realmente - me esperou (e tive que destribuir muitos obrigados em pouco tempo, ás vezacreditem) eu entendi que que que...
ás vezes nem tudo é tão cinza assim. ás vezes, vale a pena continuar e ver no que vai dar.


quem vai saber.
(isso é uma afirmação
porque estou cansada
de me perguntar
sem ter respostas)

setembro 03, 2008

alguém me diz

quantas máscaras ainda me restam. acho que vou precisar de umas várias ainda, sim. talvez para a vida inteira. talvez só no momento da morte eu dê a cara à tapa. literalmente, tapa até sentir sangue quente escorrer. e aí, talvez, eu poderei ter algum ato de coragem. algum ato de coragem por morrer, depois de uma vida de sombra e covardia.


eu até tentei me mudar - correção eu até tento me mudar - mas eu só sinto ódio. de mim para mim. do mundo, só trago a desolação.


a maldita desolação.




ah vai, me diz... me pinta umas máscaras, ah vai... que triste é o fim que não teve começo.