outubro 12, 2008

maldade,

podaram minha (?) dama da noite.

deixa eu ter minha (mesmo) casa. então, eu não vou podar nada. vou ter tantas e tantas plantas por todos os cantos. e redes para se deitar. com janelas grandes, ou paredes feitas de vidro. mas as plantas, eu não vou podar nada. eu vou deixar como elas querem estar. pode ser tropical demais, bagunça demais, feio demais. não me importa. vou deixar livre para estar. por que podar o que há de ruim? se o que é de ruim é o que nos diferencia. ele matou, ele se viciou. ela cresceu por toda a casa e a engoliu. assim deve ser. deixa o tempo mostrar do que ele é capaz. capaz de curar e destruir. simultaneamente. prefiro deixar as folhas secas, prefiro deixar que se consuma em mim mesma minhas tristezas. minhas maldades. minhas falhas. e do quê eu cuidar também. até me engolir por inteira. e assim será.