novembro 04, 2008

estamos bem mesmo sem você.

Anche Libero va Bene.

Minha mãe disse que a língua italiana vem dos poetas. se for assim, quero esquecer o clichê dos franceses. Encontros e desencontros em cafés irreais, cidade de luz, barcos rústicos, escritores decadentes, poesia urbana, cabelo curto e boina, fragilidade romântica. Nah.
O soar estridente das vozes desafinadas, gotículas de saliva acompanhadas de palavrões românticos, o impulso violento, facismo disfarçado, o carinho exagerado, sentimento escancarado, e ao mesmo tempo, muito bem escondido. Va bene.

Me fascina Tommi. Não consegue se recuperar tão facilmente como Viola das idas infindas da mãe. Inseguro, tímido, mas nunca que se admita. Impulsivo, inquisidor. Desacreditado, desconfiado. Pessimista. Gosta de fugir da realidade. Gosta de se proteger. Gosta de negar. Tem medo de perguntar se está tudo bem. Tem medo dos próprios desejos. Gosta de fugir. Gosta de agradar. Não encontra a si próprio. Sabe muito bem como ser ele. Não gosta de chorar perto dos outros. Não diz que ama. Mas ama. E chora.

de quem eu falo, do personagem ou de mim?