outubro 17, 2010

entre cascos e frascos
entre cascos e frascos,
qual tamanho dos teus passos
meus laços, teus percalços
seu maço, meu traço.

meu encosto, seu lastro
vai se arrastando
e o chão cimentado
vai se arrebentando.

fundiu o nosso espaço
sem choro nem canto,
meu lado, seu espetáculo,
sua dor, o meu prato.


de partida
olhou-me nos olhos e disse que muito sofria. olhei nos dela e disse que não podia.
afundou-se dentro de si, muito contida. passei a mão por seu rosto, sorri de partida.