fevereiro 19, 2013

parabéns, amor

deu vontade de dizer qualquer breguice para você
de te levar nos meus braços nuns resquícios de sonho
e adormecer tranquilo em verde-vivo - que nosso amor se faz de olho fechado
me faz lembrar você a cor viva-morta dos seus próprios olhos
que não são nada mais que você: e me basta de amar.
e basta ao mundo, segregado e segredado, sua presença onírica
de canto maníaca pulo cômico de manhã lacônico
faz girá-lo numa retórica apaixonada: nada peixe, nada.
e se pudesse, amor meu, entrar nos seus pesadelos para extirpar
monstros, inimigos e vocês nos espelhos distorcidos
te dizer, ai príncipe, você é mesmo bonito
e esta velha que te ama, se quiser: fica pra sempre.

(vou fazer um filme de nós dois
não sei se cult hype ou documentário
dois corpos riem na sala acesa
a vizinhança é burra e ás vezes louca
você vai ser a lindsay meio regina george
aspirina, choro e série de televisão
a tela do seu leptop pisca
dormimos. dormimos.)