maio 18, 2012

gabriel

vida, essa velha de guerra. que bruta energia. tal eternidade louca e possível de ser finda a cada acaso mal calculado. de sortes a acasos, faz-se laços. essa maldita mania de misturar freud com astrologia. as três irmãs e suas tesouras a cortar o fio condutor da vida. vida! que vem e volta em avalanche. como será que é possível que. se foi escrito, se foi contado, se foi acontecido, não sei. um horizonte de. de, de! bem-vindo, gabriel. que coisa louca, bem-vindo! se antes ou depois. se você viesse ao mundo se ela ainda estivesse viva. tantos esses acompanhados de ses. tantas perguntas, estatísticas, possibilidades. o que aqui está, aqui está. e se tudo quando vem, não pode ser como antes imaginado. ai, gabriel. falar da sofia agora parece mais possível. como se ela estivesse em algum canto dos seus olhos - que ainda são cinzas. não sei o que mais pode ser: a vida se estica por onde não se vê. tudo é tão inesperado. que bom, novamente, tudo pode ser inesperado: o leque se abriu novamente. posso, agora, deixar de só viver minha vida ínfima e pequeninha, monótona, de problemas líquidos, posso viver também a sua vida, cheia de grandes possibilidades, cheia de enormidades, de solicitudes e solidez. e posso viver a memória com menos pesar, menos tristeza, posso de você extrair a memória sem culpa de. gabriel, que pequena bença. tão pequenininho e tão cheio de. sofia, de amor, gabriel. mariana. bem vindos. fico feliz de tê-los aqui, tão presentes.