novembro 27, 2014

esses meses passaram rápido como um trovão.
eu quase nem vi.
você diz que a gente não se pertence mais, mas
eu estive tão dentro de você
(e depois tão dentro de mim, porque era você)
que eu mal percebi o que eu vivia.

eu vivi para você até perder a sua dimensão.
mas
você ficou pequena dentro de mim.
você me comeu e eu achei que eu-você era eu.
as mágoas e os escapes, os mesmos.
eu não sei mais como é o seu rosto.
o seu corpo.

não seja tão dura comigo. 
eu sou ato-reflexo. perdi.

pensar em te perder é como morrer
um pouco.
não seja tão dura comigo.