novembro 19, 2013

você apareceu

você apareceu
bonita sempre
o outro sumiu

eu não conhecia
(o outro)

mas te conhecia
(você,
mas te conhecer,
que é? se sempre
recomeça)

o fio retesado
da nossa relação
você, um sorriso
(que coisa)
dum beijo 
tão-pouco

que é, tudo o mais que se oferecia
a vida as infinitas linhas narrativas
se findaram em sumiço e dispersão

que pena! você
fica em mim
como que em
mim
(dentro)
o tempo
(todo)
esperando (para se despertar)

e depois, abriu-se a caixa
(pandora, querida)
e agora
na sua ausência
sofro a falta
sofro o não
o corte seco

sempre seco
da nossa ida-vinda
que o sumir
é passageiro.