agosto 15, 2013

release do nascente

fezes foi o termo que encontrei para juntar tais textos sob uma ótica. fezes, não no sentido escatológico, mas sim na sua função primordial. fezes como o produto de um processo de digestão.

o processo de digestão, como aprendemos na escola, tem seus nomes e suas etapas. o tempo decorre em torno de um objeto esquizofrênico, em que precisei escrever para engolir. o resultado não é nada mais que a colagem irregular de pequenos processos. um registro em fluxo de consciência.

as fezes pode ser lida em qualquer ordem, assim penso, já que provém de um blog. e o blog define o formato dos textos: curtos, com erros, despreocupados com diagramação convencional e possibilitando uma leitura não-linear. 

o produto que apresento, as fezes, começa a partir do seu fim. é a partir do fim que é possível reorganiza-los a fim de dar alguma coerência. chegar ao começo de tudo não é necessariamente compreender o todo; mas o fluxo de consciência ganha a dimensão de memória.

as fezes quando não descartadas, mas salvas, em uma compilação de textos - que se pretendem dialogar entre si. e que, vivas como um único bloco, é a prova da memória sempre em fluxo.

mariana.sral@gmail.com
azulou.blogspot.com

(um cigarro antes e um depois para suportar e entrar no jogo; voilà, oxalà, etc.)